Os canais de Amsterdã representam o símbolo da cidade e também o seu desafio principal. A origem da rede de canais de Amesterdã remonta ao séc. XVII, o Século de Ouro, quando a Holanda era uma potência comercial. Lembrando que no início de 2020, a Holanda mudou seu nome para “Países Baixos.”
Desde então Amesterdã se preocupa diariamente com a qualidade da água, para sustentar essa convivência que a transformou na cidade que é hoje, “a Veneza do Norte”. Em 2010, A UNESCO catalogou esta rede de canais como património cultural, pois representou um verdadeiro exemplo de “planificação urbanística em larga escala”. Como afirma o documento da UNESCO: “Tiveram que drenar os pântanos com canais traçados em arcos concêntricos e terraplanar os intervalos entre eles”.
Além dos seus famosos canais, a cidade se destaca pelas suas casas tradicionais casas flutuantes, antigamente chamadas de “casas barco”. Atualmente há mais de 2.500 casas flutuantes nos canais de Amsterdam.
Essa curiosa forma de morar surgiu depois da Segunda Guerra Mundial, devido à escassez de residências. Também a frota holandesa de barcos se modernizou e centenas desses cargueiros ficaram disponíveis para serem usados como residência.
Por isso, no início eram chamadas de “casas barco”. Em um primeiro momento, os moradores dessas casas improvisadas dos canais foram os hippies. Mas, atualmente, viver nessas residências representa um status, um modo de morar, cada vez mais disputado.
Atualmente são ligados à rede de água, eletricidade, gás e esgoto , além de ser obrigatório um sistema de aquecimento.
As casas barco originais, são antigos barcos restaurados e transformados em moradias flutuantes, fruto do legado de navegação e comércio marítimo em Amsterdam, sendo que, muitas delas possuem mais de 100 anos. Atualmente existem restaurantes e outros comércios flutuantes também!
Nos anos 1960/70 houve um aumento da demanda de moradias, o que propiciou uma nova fase para as casas barcos: casas mais modernas e construídas para serem casas e não mais barcos antigos restaurados. Apesar de chamadas de barco, essas casas não se movem, elas são fixas em seu determinado espaço, ancoradas. Saem apenas para manutenção.
Como essas casas são fixadas? Os alicerces das casas flutuantes são cubas de concreto preenchidas de isopor, consideradas insubmergíveis. Anéis presos a estacas asseguram que as casas permaneçam no devido lugar.
As construções, porém, movimentam-se facilmente para cima e para baixo, e se ajustam ao nível da água.Essa forma de morar é encarada como uma nova arquitetura urbana, flexível e adaptada às mudanças climáticas e impõe novos desafios aos arquitetos da geração do aquecimento global e o aumento do nível das águas!
Confiram as fotos!
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