As abelhas têm um importante papel na produção dos alimentos, não só do mel, mas também na polinização de diversas frutas, legumes e vegetais. Acredita-se que elas sejam responsáveis por 70% da produção da alimentação humana. Porém a comunidade científica vem alertando sobre o desaparecimento das abelhas, a partir de várias suposições, sendo as mais aceitas o uso de plantas modificadas geneticamente (conhecidas como transgênicas), o uso sem regulamentações rigorosas de agrotóxicos, a diminuição das áreas verdes (inclusive nos centros urbanos), e o aumento dos índices de queimadas.
Mas muitas pessoas têm medo ou antipatia pelas abelhas, sem saber que existem diferenças consideráveis entre as espécies.
Resgatando saberes indígenas, que conheciam espécies de abelhas sem ferrões, a solução é resgatar abelhas nativas com estas características. Sabe-se que existam mais de 400 espécies no mundo que não possuem ferrão.
Por isto, ao se desenvolver um projeto de paisagismo que atraia abelhas, é necessário conhecer-se espécies nativas de cada região, a fim de que abelhas locais, adaptadas a estas vegetações e clima, tenham condições para continuar a sua existência.
Para tanto, alguns itens podem ser adotados em hortas urbanas, residenciais, além de arborizações de ruas, parques e praças, não apenas em zonas rurais. Entre estas indicações estão:
- Usar plantas nativas, pelos motivos já descritos
- Plante espécies apícolas, consideradas pastagens de abelhas, caracterizadas por serem fontes de néctar e pólen. Em geral as espécies mais utilizadas são manjericão, manjerona, girassol, frutíferas, hortaliças e leguminosas
- Plante flores coloridas e aromáticas
- Promova fontes de água e abrigo. Abelhas nativas podem alojar-se em galhos, gravetos e troncos para formar suas colmeias.
A partir destas colmeias é possível não só disseminar novas sementes e espécies, mas cultivar mel! Um modo poético de atrair novos insetos e promover a vida nos JARDINS DE MEL.